Um grupo de cientistas da Universidade Tufts
está desenvolvendo uma nova forma de mandar mensagens secretas. O
método faz parte da esteganografia (a “camuflagem” da escrita) e
consiste na impressão feita com as amostras de cor obtidas a partir de
uma linhagem fluorescente da bactéria Escherichia coli. Elas seriam
arranjadas em uma linha de cores, representando um código.
Segundo os pesquisadores, a bactéria possui uma combinação de
tonalidades grande o suficiente para representar todo o alfabeto, os
números (de zero a nove) e alguns símbolos. Inclusive, de acordo com o
coordenador do grupo, David Walt, seria possível utilizar cores
adquiridas pela resistência da bactéria aos antibióticos para deixar as
mensagens ainda mais seguras (funcionando como uma espécie de
“criptografia”).
Isso faria com que fosse necessário um recipiente adequado para
acrescentar o antibiótico e decodificar a mensagem. Caso contrário, ela
estaria completamente perdida, o que seria ideal caso fosse
interceptada, por exemplo. O grupo ainda cita que as possibilidades
poderiam ser aumentadas utilizando modificações genéticas.
O envio
O mecanismo de envio das mensagens começaria em um laboratório. Ali, o
remetente faria a criação do código, com as bactérias dispostas (com as
cores de maneira a formar o texto) em uma Placa de Petri. Então, essa
cultura seria transferida para uma lâmina fina e enviada ao
destinatário.
Ao receber o conteúdo, a pessoa responsável pela tradução deve
transferir a cultura recebida na lâmina novamente para uma Placa de
Petri. Com isso, ela observaria as cores das bactérias e a disposição
delas, revelando, assim, a mensagem. Além disso, o texto poderia se
“autodestruir” se fosse composto por aquelas que perdem o brilho depois
de certo tempo.
Os pesquisadores afirmam que esse sistema de mensagem poderia ser
utilizado para vários fins, garantindo sigilo total ao conteúdo.
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